segunda-feira, 29 de junho de 2009

Dobradinha brasileira na Maratona do Rio de Janeiro 2009

Nem o fato dos quenianos quererem quebrar a hegemonia brasileira na prova foi suficiente (desde 2003 somente brasileiros vencem a prova), pois novamente a escrita foi mantida: Em sua primeira participação Marcos Antônio Pereira venceu com o tempo de 2h17m11s.

Marcos Antônio Pereira - Maratona do Rio de Janeiro 2009

O brasileiro se manteve na liderança até o quilômetro 15 quando foi ultrapassado pelos quenianos Willy Kongogo Kimutai e Cheruiyot Robert Kiprotich. A disputa entre os três permaneceu até a subida da Niemeyer, altura do quilômetro 25. A partir deste momento, os dois atletas do Quênia começaram a abrir vantagem sobre o brasileiro. A situação seguiu a mesma até que restando 3km para o fim da prova, Marcos Antônio voltou a se aproximar dos líderes. Nos últimos metros, conseguiu a vitória.

"Foi a vitória mais importante da minha carreira em 18 anos. Eu estava bastante cansado, sentindo dor e vinha treinando em Itamonte, com cinco graus negativos. Mas vi os quenianos ali na frente e o público me empurrando. Aquele espírito entrou em mim e consegui superar tudo. Nunca tinha participado da Maratona do Rio. Esse percurso é o mais bonito que conheço" comemorava Marcos Antônio, que tratou logo de pegar o telefone e ligar para a mãe, que mora em Garanhuns (PE).

"Disputo a maior parte das competições na Europa e senti muito o calor e a umidade. Infelizmente nos últimos metros não deu para segurar o brasileiro. O mais incrível é que ouvi de vários cariocas que hoje não está quente" disse o vice-campeão Willy Kongogo.

Entre as mulheres, Marizete de Paula levou a melhor: 2h42m46. Em sua terceira participação na prova, Marizete de Paula finalmente subiu ao lugar mais alto do pódio depois do terceiro lugar em 2000 e 2006. "Ainda não estou no melhor da minha forma e foi uma surpresa essa vitória. Até a metade da prova estava correndo para terminar em 2h40m, mas consegui abrir uma vantagem e acabei trabalhando para segurar apenas a vitória, que era o mais importante".

Marizete de Paula - Maratona do Rio de Janeiro 2009

Resultado Final (Maratona e Meia Maratona)

MARATONA MASCULINA
1º Marcos Antônio Pereira (Brasil) – 2h17m11s
2º Willy Kongogo Kimutai (Quênia) – 2h17m24s
3º Marcos Alexandre Elias (Brasil)- 2h18m26s
4º Cheruiyot Robert Kiprotich (Quênia)– 2h19m11s
5º Adriano Bastos (Brasil) – 2h20m15s

MARATONA FEMININA
1- Marizete de Paula (Brasil) – 2h42m46s
2- Idailda dos Santos (Brasil) – 2h45m15s
3- Conceição Maria Carvalho (Brasil) – 2h47m01s
4- Marluce Queiroz Ferreira (Brasil) – 2h47m59s
5- Elizabeth Esteves de Souza (Brasil) – 2h52m14s

MEIA MARATONA MASCULINA
1- William Gomes – 1h05m54s
2- Emmanuel Ibett – 1h05m57s
3- José Paulo Ávila – 1h06m46s

MEIA MARATONA FEMININA
1– Edileuza Guimarães – 1h16m31s
2- Marcia Narloch – 1h1 6m41s
3– Ednah Mukhwana – 1h19m21s

Foto 01: Daniel Zappe (FOTOCOM.NET)
Foto 02: Jorge Willian

sábado, 27 de junho de 2009

Mil Quilômetros de Solidão - Por Jonas Reis

Encontrei esse texto no Blog do Rodolfo Lucena, que tem o link em minhas sugestões de Blog. No texto temos uma bela história de como as coisas acontecem dentro dos corredores, sejam iniciantes ou experientes: Essa nossa batalha interna contra a solidão do tempo. O autor começou a correr recentemente. Seu nome é Jonar Reis, 56 anos, jornalista e servidor público, mora em Vitória-ES e seu atual objetivo é correr sua primeira maratona no primeiro semestre de 2010. Com autorização do autor publicamos o texto. Aproveitem!

No dia 1º de janeiro de 2008 eu voltava de carro com a Glória, do Rio de Janeiro para Vitória, depois de passar o Réveillon em Copacabana. Preocupado com a estrada, achei que já fosse “furar” a promessa de Ano Novo: começar a treinar no primeiro dia do ano e correr 1.000 quilômetros até 31 de dezembro.

Corredores experientes vão achar pouco, mas para mim era uma meta considerável.

Aos 54 anos, dei os primeiros passos nas corridas em 2007, incentivado por um casal de amigos corredores, Mônica e Leandro. Na primeira tentativa, no mês de março, cansei na marca de 400 metros, mas no segundo semestre, quando completaria 55, já havia tornado natural um treino de 5.200m, que é o percurso de ida e volta na ciclovia da orla mais próxima de minha casa. Naquele período, ganhei a primeira medalha participando da prova de 5 KM da OAB. Corri também os 10 KM da Unimed e os 10 KM da Fila. Na minha primeira Dez Milhas Garoto, entre Vitória e Vila Velha, levei uma queda e fiquei na metade da prova, logo depois de atravessar a ponte ligando a ilha ao continente.

Para atingir o objetivo traçado para 2008 era fundamental começar no primeiro dia, pelo aspecto psicológico da coisa. Assim, cheguei à noite em casa, depois de sete horas na estrada, e parti sozinho para os meus 5.200m.

Naquele treino me ocorreu que a imagem mais deslumbrante de uma maratona é a solidão dos competidores. Olhos ansiosos varando a distância, coração e mente pulsando forte, quem sabe que infinitos atravessando o pensamento! Embora treinos e provas ofereçam a oportunidade de compartilhar com outros os prazeres da atividade, o avançar solitário, mesmo em meio a milhares de corredores, exerce atração irresistível. Enquanto os quilômetros se sucedem, repassam-se os sonhos e vira-se a vida do avesso, revendo atitudes e construindo novas possibilidades.

Corri sozinho 99% dos treinos e provas em 2008. Após completar uma a uma as principais provas de Vitória, encarei de novo as Dez Milhas e a medalha veio com gosto de troféu. Em outubro, animado grupo de corredores de uma academia local encontrou espaço para mim em sua excursão e pude correr a Meia Maratona do Rio, algo impensável alguns meses atrás. Depois, sem perder o ritmo, fui sozinho correr em Belo Horizonte os 18 KM da Volta da Pampulha, outra das provas mais bonitas do país.

São Silvestre, assim, era quase uma obrigação, até para encerrar entre 20 mil corredores o ano iniciado com um solitário, curto e tímido treino na noite de Vitória.

No dia 31 de dezembro, desci com cautela as ladeiras do percurso e vivi a indescritível emoção de vencer a subida da Brigadeiro. Atravessei o pórtico da Chegada e agradeci a Deus, única companhia de tantos caminhos pisados. Somava, ali, 1.028 KM de treinos e provas em 2008.

As reflexões feitas na solidão das distâncias percorridas me tornaram mais tolerante. O exercício empreendido me fez mais saudável. Correr, enfim, me fez uma pessoa mais feliz. Ao fazer essas constatações soube, então, que 2008 foi apenas um começo.

sábado, 20 de junho de 2009

Entrevista - Mozart dos Santos Júnior

O homem da foto abaixo tem uma história incrível! Atleta de provas de arremesso e velocidade, começou a correr provas longas "para ver até onde iria". Passados alguns anos, chegou a uma das corridas mais dificeis do planeta: em 2005 completou a Marathon des Sables no deserto do Saara. Lendo, parece maluquice, mas não é! Esse homem planejou e estruturou um grande projeto: o "Poeira Quente". Tudo feito com dedicação e amor. Após anos de competição, ainda tem gás para muita coisa. Quer saber mais?

Marathon the Sables 2005

Projeto Minuto - Nome completo e idade
Mozart dos Santos Júnior e tenho 52 anos

PM - Formação e profissão
Mozart
- Engenheiro Químico e no momento consultor em Gestão Empresarial

PM - Quando começou a correr
Mozart - De fato, comecei a treinar de forma competitiva com 7 anos e minha primeira competição foi aos 8 anos de idade. Na juventude, até os 17 anos, participei de inúmeras competições regionais no Paraná, nacionais e internacionais. Num determinado momento deste período, pratiquei e competi em arremessos, com resultados significativos no arremesso de dardo e em provas de velocidade - 100m e 200m. Obtive resultados adequados para ser chamado a seleção nacional para disputas de jogos sulamericanos em categoria menores, disputando provas de Hexatlo. Depois disso dediquei-me ao decatlo. No período da Universidade disputei apenas algumas provas nacionais de arremesso de dardo. Na própria universidade afastei-me um pouco das competições, mas comecei a treinar corridas de fundo - 5km e 10km - que naquela época ainda não eram praticadas na rua, mas para mim eram apenas treinos para manter a "forma".Nas maratonas iniciei já bem mais tarde, a uns 10/12 anos atrás e logo a seguir entrei no mundo das Ultramaratonas.

PM - Porque correr
Mozart
- No meu caso, além de sempre ter gostado mais de correr do que de nadar ou andar de bicicleta, a minha vida nos últimos 15 anos tem exigido viagens constantes pra várias cidades no Brasil. Não tenho como seguir um padrão de treinos em bicicleta ou de nado. Já pratiquei um pouco de natacao e andei muito de bicicleta, mas... a única coisa que cabe na mala, e onde for tenho horário é para o tênis no pé. Em todo lugar onde vou tem uma rua pra correr (rsrsrs)...

PM - Qual sua primeira participação em prova oficial
Mozart
- Foi numa prova de 10km, só pra experimentar e ver se aguentava. Mas tudo dentro de um planejamento para correr a São Silvestre daquele ano. A minha estréia de verdade foi na São Silvestre. No ano seguinte, corri uma maratona, no outro foram 12 maratonas e no seguinte já participei de 2 ultras, e daí não parei mais.

PM - Como é seu dia dia? treinos, trabalho
Mozart
– O período de trabalho é intenso e tenho estado nos meus clientes aproximadamente umas 10 horas por dia. Nos períodos de treino mais elevado, que são uns 5 a 6 meses no ano, treino pela manhã - levanto 4:30/5:00 horas da manhã, corro um pouco, mais ou menos uns 12km. No horário do almoço, mais uns 10/12 km. a noite mais uns 12km com um período de 1 hora de academia - musculação - 3 vezes por semana. Vou dormir lá por meia noite. Nos finais de semana, no sábado faço um treino longo de uns 45/50km e no domingo um treino de uns 25km, que é o meu dia de descanso...

Deserto do Saara - temperaturas até 55ºC e 7% umidade

PM - Qual foi seu maior desafio?
Mozart
- Todas as corridas que fiz foram especiais, pois para todas eu me dediquei, coloquei meus esforços, meus recursos, movimentei minha família. Claro que correr 247km no deserto do Saara na Marathon des Sables chama muita atenção, não só pelo desafio em si, mas também pelo nível de treino absurdo, o custo altíssimo do projeto, a busca dificílima de patrocínio, o "tirar do bolso" muita grana, tudo somado e depois da volta foram as várias palestras que fiz em empresas sobre o tema motivacional. Este foi um bom projeto

PM - Você tem alguns projetos interessantes como o Ultrarefeições...explique como surgiu essa ideia e no que consiste?
Mozart
- Como trabalho com planejamento estratégico de empresas, montei um plano de 3 anos “O Poeira Quente”, com uma série de desafios nas mais difíceis Ultramaratonas do planeta: Marathon des Sables (247km), Badwater (217km) e Desert Cup - Mali (160km). Entre os desafios, existiam etapas no Brasil, que consistiam em correr entre Curitiba e cidades, cumprindo uma "Ultrarefeição" ... entao corria e ia comer na casa de alguém da família. Fui correndo de Curitiba até Morretes (88km) para comer um Barreado, Curitiba a Balneário Camburiú (208 km) para tomar um café na casa da minha mãe e Curitiba a Guarapuava (245 km) para comer um churrasco na caso do sogro. Como costumo dizer, tava sem dinheiro, fui correndo,rsrsrs...

PM - Como foi participar da Marathon des Sables, no deserto do Saara
Mozart
- No Saara a gente corre sozinho, num trecho similar ao antigo trecho do Paris Dacar quando passava no deserto do Saara no Marrocos. Muita duna e muita areia, tempestades de areia, pegamos pelo menos três muito fortes. Temos que carregar toda a comida para 7 dias de deserto, sendo que se correm 6 etapas similares a um rali, tem tempo máximo pra cada etapa. A organização só fornece água, cerca de 1,5 litros a cada 10 ou 15 km e 3 litros no final da etapa. Isto quer dizer que nao se toma banho por 9 dias. Dorme-se no deserto mesmo, no chão de areia, pedra ou o que for...


PM - Você organiza algumas provas como a corrida 24 horas em pista. Conte como funciona e como surgiu a idéia?
Mozart
- Organizamos até o momento 3 Ultramaratonas em pista com 24 horas de duração - Ultramaratona Corrotododia 24 Hs - que é, sem dúvidas a melhor Ultramaratona da América Latina. Nela temos o que tem de melhor em organização em ultras do mundo, pra se ter idéia, nossa prova é transmitida pela Corrotododia TV, canal próprio pela internet, os corredores recebem em mãos emails de seus amigos do mundo todo durante a prova, e fomos a primeira ultra a oferecer e pagar prêmios elevados para os campeões

PM - Bate Pronto (respostas rápidas sobre as corridas)

Mehor corredor: Serge Gerard França, ultramaratonista, atravessou todos os continentes correndo - coisa de 4.000 a 13.000km, médias de 75 km por dia todos os dias

Melhor prova: Marathon des Sables

Um ídolo nas corridas: Serge Gerard

Um país: Marrocos

Maior alegria: Estar competindo

Maior decepção: Não as tive, tirei sempre uma lição de tudo que não saiu como planejado

Seus Patrocínios: Perfipar, Eurocerk

PM - Seu próximo objetivo?
Mozart
- 100 km da Argentina, 24 horas das Agulhas Negras, desafio Brasilia Pirinópolis 130km, Br 135 (217km), Badwater Ultramarathon (217km). Esses eventos começam em agosto deste ano e terminam em julho de 2010.

PM - Manda um recado para quem está começando no mundo das corridas e o que a corrida significa pra vc
Mozart
- Ao pessoal que está iniciando desejo que não desistam e para isto tenho duas dicas importantíssimas. Primeira: estabelecer metas pessoais e divulgar estas metas pros amigos, conhecidos; Segunda: manter em dia os exames médicos, preferencialmente anual.

Para quem quiser maiores informações o e-mail e site do Mozart são:
mozart@corrotododia.com.br e http://www.corrotododia.com.br/

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O que é Meia Maratona

Como o próprio nome diz, Meia-Maratona é metade de uma Maratona, sendo mais exato, segundo o site da CBAt o percurso deve ser de 21.097,5m.

Como já levantamos anteriormente, os eventos de Maratona no Brasil ainda são excassos, pela falta de público e dificuldade de organização. Por serem mais curtas, as "Meias" estão conquistando a preferência dos brasileiros, pela praticidade e desafio, sendo que o número de eventos que surgem no Brasil é muito grande. São eventos menos trabalhosos para organizar e também participar. No mundo temos inúmeros eventos envolvendo a distância. Essa é uma modalidade não olímpica, não fazendo parte do programa olímpico do COI.

Samuel Wanjiru - The Hague-Den Haag 2007

O recorde mundial Masculino pertence ao queniano Samuel Kamau Wanjiru obtido na Meia Maratona The Hague / Den Haag na Holanda, no dia 17 de março de 2007. Seu tempo foi de 58m33s, quase 20s abaixo do antigo recorde de Haile Gebrselassie. O melhor resultado já obtido por um brasileiro foi 59m33s de Marílson Gomes dos Santos, obtidos na Meia Maratona de Udine em 2007 quando chegou em 7º na prova.

No Feminino o recorde é da também queniana, naturalizada holandesa, Lornah Kiplagat com o tempo de 1h06m25s, na Meia Maratona de Udine dia 14 de outubro de 2007.

Lornah Kiplagat - Udine 2007

Existem muitas opções de Meia Maratona no Brasil. Para quem não quer ou não consegue correr a distância da "Meia" sozinho pode optar também pelos eventos de revezamento. Uma das primeiras a inovar foi a interessantissima Meia Maratona Faz um 21 (Embratel), que é disputada em duplas, os dois largando ao mesmo tempo e percorrendo 10,5km cada um. Temos a opção de correr em equipes de dois ou quatro atletas, como a Brasken Eco Run Maceió e Salvador, onde cada um percorre um trecho da distância.

Para quem quer correr uma Meia Maratona ainda esse ano, algumas opções são:
05/07/2009 - Meia Maratona das Cataratas do Iguaçú - Foz do Iguaçú - PR
23/08/2009 - Meia Maratona Antidrogas - Curitiba - PR
31/08/2009 - Meia Maratona de Blumenau - SC
06/09/2009 - Meia Maratona do Rio de Janeiro - RJ
25/10/2009 - Meia Maratona de Pomerode - SC

Para quem já corre 10km, sem muito sacrifício poderá superar a distância da Meia Maratona. Opções não faltam! Não exige grandes mudanças na rotina de treinos, apenas acrecentará alguns kms em sua rotina semanal. Diferente do treino para uma Maratona, onde muita coisa muda e a dedicação tem que ser muito maior.

Finalizando então, Meia Maratona são as corridas de 21.097,5m. Em alguns casos arredonda-se para 21km ou 21,1km para ser mais fácil divulgar, mas para fins de homologação de recordes a distância deve ser a oficial.

Experimente!

http://www.meiamaratonadascataratas.com.br/site/
http://www.meiamaratonablumenau.com.br/
http://www.meiamaratonapomerode.com.br/

terça-feira, 9 de junho de 2009

Marílson Gomes dos Santos classifica para o Mundial 2009

Marílson Gomes dos Santos obteve nesse final de semana dois bons resultados na etapa carioca do Troféu Brasil de Atletismo.
Na tarde de quinta feira feira (04/06) Marilson dos Santos venceu os 10.000m com o tempo de 27m58s83 batendo o seu próprio recorde do evento, que era 28m21s38 obtido em 2004. Com isso, atingiu o índice CBAt (27m59s50) para o Campeonato Mundial de Berlim em agosto desse ano. Agora Marílson está classificado nas provas da Maratona e nos 10.000m. Domingo pela manhã, com o tempo de 13m34s79, Marilson quebrou o recorde dos 5.000m do Troféu Brasil, que era de Ronaldo da Costa, 13m37s37 conquistado em 1993. "Tenho me sentido bem nessas provas, o que me ajudam na preparação para a Maratona (no mundial). Não vou correr o sul-americano, pois tenho que começar a treinar o mais rápido possível para a minha principal prova em Berlim" – afirmou o atleta.

Marílson Gomes dos Santos - Bi Campeão Maratona de Nova York 2006 / 2008

Zapeando pelos Blogs de Corrida de Rua, encontrei no da excelente Revista Contra-Relógio, uma pergunta interessante: Com índice para o Mundial nas provas de 10.000m e Maratona, qual ele deve priorizar? Vamos a alguns fatos para tentarmos entender melhor.

Nos 10.000m seu melhor tempo, 27m28s12, não é páreo para o quase imbatível Kenenisa Bekele, recordista mundial com 26m17s54. Se você pensar nessa prova de 10.000m, são 25 voltas na pista de 400m, com duas fortes equipes (Etiópia e Quênia) cada qual com 3 atletas ditando o ritmo da prova. Vejamos a nacionalidade dos 10 primeiros colocados no último Mundial realizado em Osaka 2007: 3 etíopes, 3 quenianos, 2 americanos, 1 da eritreia e 1 ugandes. Nitidamente vemos que um forte trabalho das duas equipes, onde dois são "escudeiros" e um se poupa para o sprint final. Esse tipo de "ajuda" o brasileiro não terá. O tempo dos cinco primeiros no Mundial de Osaka 2007 é:

1º Kenenisa Bekele (Etiópia) - 27m05s90
2º Sileshi Sihine (Etiópia) - 27m09s03
3º Martin Irungu Mathathi (Quênia) -27m12s17
4º Zersenay Tadese (Eritréia) - 27m21s37
5º Josephat Muchiri Ndambiri (Etiópia) - 27m31s41

Kenenisa Bekele - Mundial Osaka 2007

Por outro lado na Maratona temos mais chances de imprevistos, mesmo a prova sendo realizada em terreno plano. Mesmo atletas com tempos melhores, podem sofrer com fatores externos (clima, humidade, terreno). São duas horas em que o atleta não pode perder o foco. Outro ponto a saber é se atletas de elite, como Haile Gebreselassie e Samuel Wanjiru, estarão presentes, já que o mundial é em agosto e dia 20 de setembro teremos a Maratona de Berlim (não do mundial, premiação milionária, onde os dois querem correr em inacreditáveis 2h03m30s). Inviável correr nas duas, mas é esperar para ver quem alinhará com o brasileiro na disputa. Baseado nos resultados do mundial de Osaka 2007 dá pra sonhar.

1º Luke Kibet (Quênia) - 2h15m59s
2º Mubarak Hassan Shami (Catar) - 2h17m18s
3º Viktor Röthlin (Suiça) - 2h17m25s
4º Yared Asmerom (Eritréia) - 2h17m41s
5º Tsuyoshi Ogata (Japão) - 2h17m42s

Luke Kibet - Mundial de Osaka 2007

Marílson enfretará enormes dificuldades, mas tem demonstrado que os treinos estão surtindo efeito, vide os bons resultados nas provas rápidas. Marílson tem que melhorar sua velocidade e seu sprint final, pois essa é a grande diferença dos africanos, que estão acostumados com finais de provas rápidos. Se fosse uma prova com subidas e descidas, seria mais tranquilo para o seu estilo, mas com terreno plano fica mais complicado. Mas nunca duvidem dele, afinal um cara que é bi campeão em Nova York pode sempre surpreender o mundo.

sábado, 6 de junho de 2009

Testemunho - Por Rogério de Moraes

Essa nova coluna do Blog, intitulada Relatos e Experiências, será protagonizado por terceiros. Pessoas que mudaram o estilo de vida, correram sua primeira prova, venceram algum desafio pessoal ou algo desse tipo, sempre relacionado a corrida, terão um espaço para dividir com outros suas conquistas pessoais. A intenção é mostrar que todos podemos alcançar nossos objetivos. Tudo depende de paciência, dedicação e treinamento. Quem sabe não inspiramos alguém?

Tive acesso a esse texto, por acaso, na página de comentários do Blog da Runner´s World Brasil. Acessei o Blog do autor (
http://www.obscenum.blogspot.com/) e me deparei com uma infinidade de textos inteligentes sobre cinema, artes e cultura em geral. Seu tema central não é corrida de rua! O autor Rogério de Moraes mora em São Paulo, tem 34 anos e nesse brilhante texto descreve como abandonou o sedentarismo para fazer da corrida a sua religião.
Com a autorização do autor, republico aqui sua experiência. Delicie-se com o texto!

Venho aqui diante desta congregação de fiéis leitores para dar o testemunho da glória e louvar a obra que se fez em minha vida quando aceitei a Corrida em meu coração.

Eu vivia entregue ao vício e ao pecado. O vício do sedentarismo e o pecado da preguiça. Levava uma vida desregrada. Meu corpo e minha alma pertenciam ao demônio do sofá e ao inimigo do controle remoto. Também estava entregue à sedição e à tentação das frituras, das gorduras e do chocolate. Era um desencaminhado na vida e não percebia que estava entregue à banha do tinhoso, ao colesterol de lúcifer, à barriga do demônio, ao corpo disforme dos infernos.

Não queria ver o óbvio, ver minhas banhas grotescas caírem por sobre o cinto de segurança ao dirigir; ou notar como subir uma escada era ofegante, ou perceber como o ar me faltava no simples gesto de amarrar um sapato. Estava cego e surdo aos apelos dos amigos e da família que queriam me tirar daquela vida. Estava me encaminhando para a perdição total de obesidade mórbida, estava indo por um caminho do qual poucos voltavam.

Mas um dia a força de sua obra agiu na minha vida e eu tive a revelação da verdade através do instrumento de sua vontade: a balança. E vi o que não queria ver: 92 kg.

Sim, meu irmãos: no-ven-ta e do-is qui-los!!! Foi aí que entrou em minha vida o sopro da verdade e eu quis buscar a salvação.

Então resolvi mudar de vida e aceitar em meu coração a verdade que liberta, a verdade que salva e que nos leva ao caminho do bem, da retidão, da virtude e da glória da obra da redenção.

Tirei o sedentarismo da minha vida e busquei a salvação da salada e da refeição correta e equilibrada. Mas a maior transformação na minha vida foi Ela quem fez.

Quando comecei não fui além de 500 metros. Os 500 metros mais longos da minha vida. Achei que fosse morrer. Sentia que estava me afogando em oxigênio porque por mais que eu inspirasse não era o suficiente. Mas não desisti, irmãos. Porque sabia que Ela estava preparando uma obra na minha vida, porque sabia que Ela não me abandonaria se eu não A abandonasse. E lutei, meus irmãos. Lutei contra o próprio satanás na forma de ácido lático, na forma de dor no tendão tibial posterior, na forma de contração das vias respiratórias. Busquei alívio e força na compressa de gelo e nos alongamentos com a perseverança de quem busca a luz e o caminho da salvação.

Sim, meus irmãos. Eu aceitei a Corrida no meu coração. Aceitei a Corrida como minha única salvadora e redentora e louvo à sua glória e à transformação que ela operou na minha vida. Hoje sou um novo homem. Hoje pela primeira vez consegui a marca de 10 km e não houve luta, porque Ela estava comigo. E não houve dor, nem lesão, nem cansaço, nem falta de ar. E corri os 10 km tranqüilo e com paz no coração, nos tendões, no joelho e no músculo adutor.

Sim, meus irmãos. Hoje sou um novo homem. 10 kg mais magro, 15 cm menos de barriga e fôlego pra 10 km de corrida. E posso dizer que a Corrida operou um milagre em minha vida e me deu a esperança e a luz e a alegria da endorfina e da dopamina que faltava em minha vida. Aleluia!!!! Irmãos!!! Aleluia!!! Corremos, irmãos. Corremos em seu louvor. E tenhamos fé, quilometro a quilometro, que ela não nos abandonará. Corremos, irmãos... corremos. Aleluia!!!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Entrevista - Raphael Bonatto

Esse sujeito da foto abaixo é uma grande figura. Sempre praticou esportes e iniciou no mundo das corridas ainda criança, mas o prazer e o gosto pelo futebol sempre falou mais alto. Aos 18 anos completou sua primeira Maratona em Curitiba. Sem nenhum tipo de treinamento específico, ficou duas semanas sem caminhar direito. Pegou gosto pelo esporte, nascendo então o atleta/corredor! Depois da Maratona, praticou também Triatlon, até que aos 27 anos estreou nas Ultramaratonas. Dois anos depois está classificado para uma das provas mais difíceis do mundo: Badwater!


Projeto Minuto - Seu nome e idade
Raphael Bonatto, tenho 29 anos

PM - Formação e profissão atual
Bonatto -
Sou formado em Educação Física pela UFPR, Pós graduado em Fisiologia do exercício. Hoje trabalho como Personal Trainer e sou Atleta de Ultramaratonas.

PM - Quando você começou a correr?
Bonatto -
Corro desde criança, iniciando na escola aos 7 anos de idade. Minha primeira Maratona foi em Curitiba em 1998. Nas Ultramaratonas estou desde 2007.

PM - Porque correr?
Bonatto -
Correr para mim significa uma sensação de liberdade, prazer e um grande e novo desafio a cada dia.

PM - Qual sua primeira participação em prova oficial?
Bonatto -
Em Maratonas foi a de Curitiba em 1998, mas em Ultramaratonas foi em agosto de 2007 na Ultramaratona 100km da Argentina. Fui campeão dos 50 e 100km na minha categoria (até 29 anos)


PM - Como é seu dia dia, rotina de treinos, trabalho?
Bonatto -
Acordo todos os dias 5:30h da manhã. As 6:30h já estou dando aulas de Personal Trainer onde fico até as 13:00h. A tarde e a noite realizo intensos treinamentos na Academia Cia. Athletica em Curitiba

PM - Como foi participar da BR-135 Brasil (Ultramaratona realizada na Serra da Mantiqueira com 217km de distância)?
Bonatto -
Foi com certeza a minha maior superação até hoje. Em 2008, quebrei um dedo do pé e não consegui completar os 217km. Este ano, além de superar a frustração completando a prova, ainda terminei entre os 10 primeiros colocados, com o tempo de 38h54min. Corri durante toda a prova e nas subidas mais íngremes optei por caminhar. Fiz uma parada estratégica no km 116 (metade da prova) para tomar banho e tirar um cochilo de 2 horas num ponto de apoio mais bem estruturado. Na parte de alimentação, é normal, optei por pizza, pão e carboidratos diversos, variando com a parte da suplementação, sais minerais, proteínas e gorduras. Nos acostumamos a sempre comer enquanto corremos.

PM - Como está sendo sua preparação para Badwater (Ultramaratona realizada no Vale da Morte - EUA)? Conte mais sobre a prova?
Bonatto -
A Badwater é a segunda etapa do mundial de ultramaratonas e acontece no Vale da Morte com temperaturas que podem atingir até 60ºC. Estou me preparando dentro de uma sauna super aquecida, além de muitos treinos de musculação e corrida.

PM - Qual o tipo e o volume de treinos que você realiza para preparar-se para um desafio desses?
Bonatto -
O Volume de treinos pode chegar a 150km por semana, variando um pouco. Os treinos são realizados em sauna seca com temperaturas entre 70°C e 80ºC, outros nos parques e ruas de Curitiba, com preferência para dias de intenso calor.

PM - Como é sua estrutura para esse evento?
Bonatto -
Vou com uma equipe de apoio de 3 pessoas (1 motorista, 1 pacer e 1 suporte técnico). Utilizarei 4 pares de tênis, roupas variadas, além de muita água e gelo.

Comrades - 2008

PM-Bate Pronto (respostas rápidas sobre as corridas)

Melhor corredor: Dean Karnazes e Walmir Nunes

Melhor prova: Comrades Marathon (África do Sul)

Um ídolo nas corridas: Gosto muito do Márcio Villar, Ultramaratonista brasileiro

Um país: Brasil

Maior alegria: Com toda certeza o nascimento de minha filha Giovana. Nas corridas, foi completar a Comrades Marathon dois anos consecutivos e recebe a medalha Back to Back, honra para poucos.

Maior decepção: Não concluir a Ultramaratona BR 135 no ano de 2008

Seus Patrocínios atuais: Academia Cia Athletic, Hospital Union, Prefeitura Municipal de Curitiba, Mili, Criança Segura.

PM - Gostaria de agradecer você por ter nos concedido essa pequena entrevista. Nosso espaço tenta aos poucos mostrar um pouco o fantástico mundo das corridas. Para finalizar manda um recado para quem está começando no mundo das corridas?
Bonatto -
Sinta o seu ritmo, não exagere no ínicio, procure profissionais capacitados que possam te dar a orientação correta. Uma vez que você pegar o sentimento pela corrida, irá criar o melhor vício que poderá ter na sua vida. Seja correndo 1km, 10km ou 100km.

Para quem deseja entrar em contato com o atleta
Raphael Bonatto (41) 9911-8709
bonatto@wtrainer.com.br

Para saber mais sobre os eventos citados
http://www.brazil135.com.br/
http://www.badwater.com/

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Franck Caldeira

Não queria publicar no Blog nada que fosse do tipo, minha opinião, pois poucos se interessam, mas não posso deixar de opinar sobre as fotos abaixo.

Franck Caldeira e Marizete Moreira - São Paulo 2009

No momento da foto, o queniano Elias Chelimo já tinha completado a prova masculina a pelo menos 2 minutos. Franck Caldeira estava em 2º lugar e não perderia o 3º nem se terminasse andando. Acredito que um sprint final seria desnecessário, pois não ganharia nem perderia posições, nem faria seu melhor tempo!

Marizete Moreira vinha sofrendo com caimbrãs desde a metade da prova. Quando passou pelo último túnel sentiu dificuldades em respirar. A camera mostrava Marizete se arrastando até a linha de chegada. Superação de uma moça, que já tinha sido em outros anos 2º, 3º, 4º e 5º lugares e agora teria seu momento de glória. Nossos atletas tem muitas dificuldades em aparecer na mídia, os homens aparecem mais, as mulheres raramente. No momento em que elas teriam seu momento...

Link da chegada: http://www.youtube.com/watch?v=NhGLgKpY3rg

Eis que a camera filma Marizete vindo, quase tropeçando nas próprias pernas. De repente vemos Franck Calderia dar um sprint de 600 metros! Impressionante a velocidade dele, que chega, ultrapassa Marizete, sem nem olhar, chegando poucos metros a frente dela. Cruza a linha de chegada, rompe a faixa, se ajoelha, beija o chão e agradece a Deus! Todos no local vibram com Franck e nem se dão conta de que a grande campeã acabara de chegar!

Marizete humildemente chega de cabeça baixa e cai no chão não se aguentando de dores. Os médicos demoram a vir, e quando a campeã levanta a cabeça vê Franck se exibindo para as cameras. A TV ao invés de falar dela, a campeã, exalta o segundo lugar masculino.

Intencional?

Procurei durante 2 dias fotos na internet de Marizete chegando, seu rosto, mas em todas Franck Caldeira está em primeiro plano, e ela distante ao fundo. Infelizmente essa atitude mostra que falta muito para atingirmos um nível maior em todos os segmentos do esporte. Quando vemos Franck falar que: “Não cheguei a pensar no primeiro lugar, pois só um milagre me faria alcançar o queniano que tem 2h08 na maratona. Eu queria muito o pódio e foi uma vitória pessoal para aumentar a alto estima”, entendemos bem o que foi o sprint final.

Pense em um mundo utopico: Franck Caldeira vem chegando, vê Marizete se arrastar até a chegada. Em um ato de grandeza, Franck vira um escudeiro diminuido o seu ritmo e com palavras de incentivo impulsiona Marizete até a linha de chegada. Na hora de romper a faixa, faz questão de deixar a grande campeã cruzar na frente. Quando cruzam, os reporteres tentam entrevistá-lo, mas ele é categorico: Estou feliz, mas a grande campeã é ela!
Infelizmente isso é sonho!

As Corridas de Rua também são vulneráveis e esse tipo de atitude. Uma pena!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Marizete Moreira vence Maratona São Paulo 2009

Aconteceu no último domingo, 31 de maio, a 15ª edição da Maratona Internacional de São Paulo. O evento se consolidou como o maior do país, tendo a participação de 15 mil atletas.

15 mil pessoas nas ruas de São Paulo

No Masculino o queniano Elias Chelimo dominou a prova toda. Teve como “fiel escudeiro” o etíope Tola Ketema. Após a metade da prova Elias tentou puxar Tola, pedindo que ele corresse na sua frente, mas o etíope já mostrava sinais de cansaço e não conseguia mais acompanhar o colega. Os sinais de cansaço de Tola ficaram mais evidentes a partir do quilômetro 28, ocasião em que Elias o deixou para trás e passou a correr sozinho até cruzar a linha de chegada em 2h13min59. Enquanto isso, cerca de 500 metros atrás, Franck Caldeira e Giomar Pereira também corriam juntos, um puxando o outro como forma de incentivo, mas não conseguiam chegar nos estrangeiros. Franck, já desvencilhado de seu companheiro de equipe, também ultrapassou o etíope e cruzou em segundo com 2h17min53 para delírio da torcida local, que aplaudia e gritava seu nome. O terceiro colocado foi José do Nascimento Souza, seguindo por Giomar e pelo etíope Tola Ketema.
“Essa foi minha primeira prova no Brasil e gostei muito. Ainda tentei puxar o meu colega junto comigo, mas como ele não vinha resolvi apertar para tentar a vitória.”, afirma o campeão. “O tempo foi bom para correr, mas o vento contra atrapalhou um pouco”, completa o corredor de 27 anos.
Para Franck Caldeira, que não vinha apresentando resultados consistentes no último ano, a prova foi boa para recuperar o prestígio. “Correr em São Paulo é fantástico, eu tenho história aqui”, afirma o mineiro que já venceu a disputa em 2004. “Não cheguei a pensar no primeiro lugar, pois só um milagre me faria alcançar o queniano que tem 2h08 na maratona. Eu queria muito o pódio e foi uma vitória pessoal para aumentar a alto estima”.

Elias Chelimo - São Paulo 2009

Classificação Final Maratona Masculina:
1º - Elias Chelimo (QUE) – 2h13m59s
2º - Franck Caldeira (BRA) – Cruzeiro – 2h17m23s
3º - José do Nascimento Souza (BRA) – Facitec – 2h19m17s
4º - Giomar Pereira da Silva (BRA) – Cruzeiro – 2h21m36s
5º - Tola Ketema Nigusse (ETI) – 2h22m38s

Já no feminino a festa foi toda brasileira. Mesmo com um início forte da etíope Tolla Aberesh as brasileiros mantiveram o ritmo e fizeram as 4 primeiras colocações. Marizete Moreira atacou a etíope no km 19, onde a etíope tentou acompanha-la, mas não conseguiu. Enquanto Marizete abria cada vez mais, tendo apenas o vento contra como adversário, a etíope parecia ter chegado ao seu limite e ia perdendo posições para outras brasileiras.
Marizete chegou ao final da prova com fortes câimbras, mas mostrou muita garra e determinação. “Eu já fui vice duas vezes, terceira, quarta e quinta em outras edições, então a gente sempre almeja o primeiro. Graças a Deus chegou o dia”, comemora a campeã, que economizou um pouco até a passagem da meia. “A segunda parte desta prova é mais difícil, então como já sou ‘macaca velha’ aqui, deixei para aumentar o ritmo no final”, explica a competidora que sofreu com câimbras nas panturrilhas.

Franck Caldeira (E) e Marizete Moreira (D) - São Paulo 2009

Classificação Final Maratona Feminina:
1º - Marizete Moreira dos Santos (BRA) – Facitec – 2h42m24s
2º - Marizete de Paula Rezende (BRA) – Mizuno – 2h45m37s
3º - Marily dos Santos (BRA) – Mizuno – 2h46m27s
4º - Edielza Alves dos Santos (BRA) – Cruzeiro – 2h52m32s
5º - Tolla Aberash Tesfaye (ETI) – Fila – 2h54m09s